ABRÃO
ESPEROU CONTRA TODA A ESPERANÇA
“Iahweh disse a Abrão:” Sai da tua terra, da
tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que te mostrarei. Eu te farei
de ti um grande povo, eu te abençoarei, engrandecerei o seu nome; sê uma
benção.” Gn. 12, 1-2
Quando lemos as sagradas escrituras, Abrão
surge como um modelo para todos os cristãos. Vivia na comodidade de sua terra,
juntos aos seus familiares, com a vida estabilizada ate o momento do seu
encontro com Deus, o qual lhe faz um chamado que exige dele uma renuncia, um
sair de si mesmo e se lançar plenamente em Sua vontade, na confiança de uma
promessa: terra e descendência. Sem hesitar ele toma a sua esposa e se põem a
caminho. Os anos passam, muitas são as dificuldades e grande é a espera. Ele e
sua esposa já de idade avançada e mesmo diante do impossível ele continua esperando
contra toda a esperança. O
ano da Fé é para nós um desafio, pois somos chamados a lanças as redes em aguas
mais profundas isso é, num mundo cada dia mais descrente, em que o homem se
torna cada dia menos comprometidos com a fé, inventando o seu modo próprio de
se relacionar com Deus, na maneira que mais lhe convém, nos cristão somos
chamados como Abrão a sair de nós mesmos, do nosso comodismo, consumismo
exagerado e sem medo assumir a nossa fé em Deus que é providente, assumir a
nossa vocação de batizados de ser sal e luz da terra, pois Ele também
faz a nós uma promessa, a promessa da Salvação, da terra prometida que é casa
do Pai, vida eterna. Também passaremos pelas tribulações, com a difícil demora
do tempo, que tenta nos fazer desanimar, que muitas vezes nos questiona: “A
onde está seu Deus”? Ter que esperar mesmo diante do impossível da nossa
vida, mas se formos fieis em Deus, veros a promessa concretizar. Abrão viu este
dia, esperou
contra toda esperança, mas em Isaac se alegrou. A fé nos da esta
certeza, a certeza que mesmo que atravessemos o vale da morte, não devemos
temer, pois o Senhor é o pastor que nos guia. A fé não é algo que aliena, uma
redoma contra o mal e a provação, mas é espada afiada, que ajuda o cristão no combate
do dia a dia.
“...
revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do diabo.
Pois a nossa luta não é contra o sangue e a carne, mas contra os principados,
as potestades, os dominadores deste mundo tenebroso, os espíritos malignos
espalhados pelo espaço. Por isso, protegei-vos com a armadura de Deus, a fim de
que possais resistir no dia mau, e assim, empregando todos os meios, continueis
firmes. Ficai, pois, de prontidão, tendo a verdade como cinturão, a justiça
como couraça. e os pés calçados com o zelo em anunciar a Boa-Nova da paz. Em
todas as circunstâncias, empunhai o escudo da fé, com o qual podereis apagar
todas as flechas incendiadas do Maligno. Enfim, ponde o capacete da salvação e
empunhai a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.” Ef. 6, 11-17.
Maranathá