quarta-feira, 17 de outubro de 2012

CELEBRANDO 50 ANOS DO CONCÍLIO VATICANO II- SACROSANCTUM CONCILIUM


A Paz esteja contigo
Celebrando os 50 anos da Abertura do Concílio Vaticano II, usando das palavras do Beato João XXIII: “Alegra-se a Santa Mãe Igreja, porque, por singular dom da Providência Divina, amanheceu o dia tão ansiosamente esperado em que solenemente se inaugura o Concílio Ecumênico Vaticano II, aqui, junto do túmulo de São Pedro, com a proteção da Santíssima Virgem...”. Iniciamos um novo Pentecostes, que vem renovando a Igreja a cada dia, aproveitando este Ano de Graça ao qual celebramos a nossa Fé iniciaremos um estudo sobre os documentos que compõem este grande Concílio Ecumênico, espero que nos ajude a conhecer um pouco melhor este momento tão importante da nossa Igreja.
                                             SACROSANCTUM CONCILIUM

A Sacrosanctum Concilium, constituição sobre a Sagrada Liturgia, foi o primeiro documento aprovado pelo Concílio Vaticano II. Não foi objeto de muita controvérsia, pois a adaptação da liturgia já era frequente em muitíssimas comunidades eclesiais. Poderá mesmo dizer-se que esta constituição foi o primeiro fruto do Concílio, por já estar, em boa parte, a ser levada à prática antes de ter sido discutida e aprovada. O que não significa que o documento de base tenha passado facilmente entre os padres conciliares. Foi promulgada pelo papa Paulo VI no dia 4 de Dezembro de 1963, final da segunda sessão conciliar. http://pt.wikipedia.org/wiki/Sacrosanctum_Concilium
 O porquê renovar a vida liturgia da Igreja ??
Não desvalorizando a riqueza liturgia herdada do Concilio de Trento (1545 a 1563) que conduziu a vida da Igreja por séculos e correspondeu com zelo e eficácia a necessidade historia de um momento, lutando incansavelmente para combater o avanço do protestantismo recém-nascido, foi uma arma segura e certa. A Igreja que é Mãe e Mestra, visando os novos tempos, percebendo que o avanço do modernismo já atraia os seus filhos, já não tínhamos uma sociedade voltada para uma cristandade única, surge a necessidade de estar mais próxima dos seus fieis de atualizar a sua linguagem aos novos tempos. Sendo a liturgia a expressão máxima da vida celebrativa do povo de Deus, Sacrosanctum Concilium, traz uma participação mais ativa destes. Retomando assim as fontes da Igreja primitiva, onde os primeiros cristãos celebravam em Espirito e Verdade, uma verdadeira explosão de alegria, numa vivencia única e concreta do ressuscitado em meio a sua assembleia. Rasga-se o véu que separa o homem de Deus, muito comum no antigo testamento e traz para perto do homem o Deus de Amor, que se revela no Bom Samaritano, que desce da sua realeza, sem perder a Sua condição divina, mas se fez homem, para que nele tivessemos um modelo mais humanizado. Ele cura as nossas feridas e nos da à Igreja como Mãe para nos fortalecer na fé.
Principais ideias
Esta constituição centra-se em torno da Liturgia, que é analisada pelos padres conciliares sob "uma tríplice dimensão teológica, eclesial e pastoral: a liturgia é obra da redenção em ato, celebração hierárquica e ao mesmo tempo comunitária, expressão de culto universal, que envolve toda a criação". Os padres conciliares descrevem ainda a Liturgia como "a primeira e necessária fonte onde os fiéis hão-de beber o espírito genuinamente cristão". Logo, o Concílio pretende renovar a Liturgia, para que "todos os fiéis cheguem àquela plena, consciente e ativa participação nas celebrações litúrgicas", visto que esta participação é, "por força do Batismo, um direito e um dever do povo cristão, «raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido» (1 Ped. 2,9; cfr. 2, 4-5)".
Principais consequências
Por desejo do Concílio, a Igreja Católica efetuou, dentro de poucos anos, uma grande renovação na Liturgia. Entre estas reformas, destaca-se obviamente vários aspectos: a reorganização e simplificação da Missa de rito romano; o uso predominante da língua vernacular nas celebrações litúrgicas; a posição do padre em relação ao altar (depois das reformas, o padre passou a celebrar a Missa de frente para as pessoas e atrás do altar); a assembleia reunida para ouvir a Missa passou a ter um papel mais ativo no serviço, através do canto, da leitura da Palavra de Deus, do ofertório e das suas respostas às orações iniciadas pelo padre; a escrita de novas músicas litúrgicas, com influências da música popular; uma maior ênfase na Liturgia da Palavra; e a clarificação do simbolismo.
Maranathá